Intolerância à lactose é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite). Isso ocorre devido à deficiência ou ausência da enzima intestinal chamada lactase. Esta enzima digere o açúcar do leite para que a absorção aconteça. A intolerância a lactose ocorre em cerca de 70% dos brasileiros.
Raramente crianças nascem sem a capacidade de produzir a enzima lactase. Ocorrendo com maior freqüência em crianças no primeiro ano de vida, onde devido à diarréia persistente morrem as células da mucosa intestinal (produtoras de lactase). Assim, a criança fica com deficiência temporária de lactase até que estas células sejam recuperadas.
Com o avançar da idade, existe a tendência natural à diminuição da produção da enzima lactase. Esse fato é mais evidente em algumas raças como a negra (até 80% dos adultos têm deficiência) e menos comum em outras, como a branca (20% dos adultos).
Devido a essa deficiência, a lactose não digerida continua dentro do intestino, onde é fermentada por bactérias, produzindo ácido láctico e gases (gás carbônico e hidrogênio). A presença de lactose e destes compostos aumenta a retenção de água no intestino, causando diarréia ácida e gasosa, flatulência excessiva (excesso de gases), cólicas e aumento do volume abdominal.
Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarréia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade de laticínio ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarréia. Os sintomas podem aparecer em alguns minutos ou até algumas horas depois da ingestão do laticínio.
O tratamento consiste na exclusão total ou parcial do leite e dos seus derivados (queijo, iogurte, nata, leite condensado, sorvete de massa, chocolate e creme de leite). Além disso, é necessário cuidado com a qualidade alimentar para que ocorra a recuperação da mucosa intestinal.
Para não faltar cálcio na sua dieta, procure ingerir 4 porções de hortaliças verdes escuras ao dia.
Uma vez que o leite é uma importante fonte de cálcio, com sua exclusão pode ser necessário usar um suplemento nutricional de cálcio, sempre acompanhado da supervisão de sua nutricionista.
ALIMENTOS FONTES DE CÁLCIO:
Repolho | Hortelã (folhas frescas) | Feijão branco |
Brócolis | Fibra de soja | Batata yacon |
Espinafre | Tofu fermentado (queijo de soja) | Aveia em flocos |
Couve manteiga | Iogurte de soja | Couve de bruxelas |
Salsinha | Extrato de soja | Sementes** |
Gergelim e Tahine (pasta de gergelim) | Leites de soja enriquecidos com cálcio (verifique os rótulos) | Sardinha em óleo ou ervas - rico em cálcio e ômega 3 |
**Semente de melão, Semente de abóbora, Semente de girassol e semente de melancia. Triture as sementes e prepare uma farinha. Consuma diariamente 2 colheres de sopa (em sucos – pode coar)
Tome sol – 15 minutos (até 10 horas da manhã ou após 16 horas) diariamente para ativação da vitamina D que ajuda a absorver cálcio
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